Tríduo para acompanhar Nosso amorosíssimo Jesus no Horto de Getsemani 


Tríduo para acompanhar Nosso amorosíssimo Jesus no Horto de Getsemani 

Tríduo para acompanhar Nosso amorosíssimo Jesus no Horto de Getsemani 

Reza-se nas segundas, terças e quartas-feiras santas 

Oração preparatória para todos os dias: 

Meu Doce e Amado Jesus, Cordeiro Inocentíssimo, Pai de toda a consolação e Meu único esposo, eu, terra estéril que só produz cardos, espinhos, pecados e maldades, que O faz inclinar até a terra e suar por todos os poros, artérias e veias do Vosso Sagrado Corpo, córregos copiosíssimos de Sangue; Senhor, Vós que me fizestes vosso horto por piedade infinita, te suplico que arranque de mim as más ervas que afogam as sementes de Vosso Sangue Precioso, e me impedem de servir-te e agradar-te. Vem, Esposo meu, ilumina meu coração, enche-me de dor, vai e comunica a vossa esposa uma pequena parte das agonias que atribularam no Horto o Vosso Coração Puríssimo. Quem sou eu para Vós, Amor Divino, que tanto me amas e por mim padeces tanto? Venho aqui, Bem da minha vida, prostrada a Vossos pés, se queres me esforçar, esforça-me, e se queres ligar-me, liga-me: não sei amar sem ser a Vós, não sei querer sem ser a Ti. Vem a mim, Meu Jesus, para que meu coração não se aparte de Vós. Tire todo o gosto da vida quando eu te ver suando sangue por causa dos meus gostos. Como não registrar, alegria dos serafins, meu coração coberto por tamanha tristeza melancólica? Ao teu amor, àquela tristeza, àquele Sangue que suastes, peço ajuda para me conhecer, odiando e vingando em mim com uma dor perfeita o que pequei contra ti, porque pesa mil vezes sobre mim, meu bem , ter te ofendido. Recebe, Senhor, na satisfação de meus graves pecados, estes pobres exercícios que desejo fazer com todos os afetos do meu coração, e com eles Vos peço que abra meus olhos para enxergar Vosso Sangue derramado; meus ouvidos para que escute vossas vozes: inflama o meu coração para que participe de vossas penas e nunca com minhas culpas volte a renovar Vossas dores. Amém. 

Primeiro dia

Meditação: Considera como o Senhor, depois de lavar os pés de seus discípulos e instituir o Santíssimo Sacramento de seu Corpo e de seu Sangue, se levantou da mesa e dirigiu-se com eles ao Horto de Getsemani. Olha como a noite, sentindo a futura morte do Criador, se veste de sombras negras, e no silêncio se percebe só o ruído do vento nas folhas das árvores, estando aquele lugar na maior escuridão. O Senhor separou-se de seus discípulos, levando por companheiros, Pedro, Tiago e João, e mandou a estes para vigiarem e orarem para que não caíssem em tentação. Medita, alma compassiva, com viva imaginação, como o Senhor passou por sua maior amargura ao ver tudo o que iria padecer; o desamparo de Seu Eterno Pai, a pouca lealdade de seus discípulos, a tirania dos homens, as dores, os tormentos, as ânsias, as desonras, o descrédito de sua Pessoa, o abatimento de sua sabedoria, as cordas, cadeias, bofetadas, salivas, açoites, espinhos, cruz, lança e outras invenções cruéis e martírios com os quais o atormentaram, buscando tirar Sua Vida. E deixando sua Santíssima Humanidade para muito sentir esta batalha rigorosa, ele se cobriu com tal tristeza mortal que só ela foi o suficiente para tirar sua vida, se a Humanidade não fora ajudada e sustentada por virtude da Divindade, passando a tanto a angústia de Seu Coração, que irrompeu nestas palavras: “Minha Alma está triste até a morte”, que quer dizer: estou coberto de mortal tristeza e morro de angústia. 

Oração: Altíssimo Senhor Deus Eterno, consolo dos aflitos, glória dos Anjos e alegria dos tristes; mil vezes vos louvem e bendigam as abrasadas inteligências do Céu, os justos e todas as criaturas da terra pelo infinito amor e ardente caridade com a qual aceitastes tão plenamente meu remédio, que cobriste de uma tristeza mortal o Teu Inocente Coração. Por aquela agudíssima memória que tanto fatigou Vosso Espírito na solidão do Horto, vos suplico que olheis para a exaltação da nossa santa fé Católica, paz e concórdia entre os príncipes cristãos; que leveis os pagãos e gentios ao conhecimento da Vossa santíssima Igreja, desterrando, assim, toda seita e heresia. Afugentai, Deus de meu coração, toda a tristeza que me afasta de Vós: livra-me de mim mesmo, meu Jesus, para que, triunfando de meus apetites e das astúcias do inimigo, me conserve agora e sempre em Vossa graça, para gozar na glória. Amém.

Jaculatória: Quem poderia te aliviar 

Meu bem, meu Jesus, meu amor, 

De tristeza e pavor 

Que o sangue te faz suar. 

Bendito e louvado seja o Preciosíssimo Sangue do Meu Redentor Jesus, e as agudas dores de Sua Puríssima Mãe e Senhora minha, a Virgem Maria, em graça concebida desde o primeiro instante de seu ser. Amém. 

Segundo dia 

Meditação: Considera a solidão e desamparo de Cristo, pois havendo levantado da santa oração para ver seus apóstolos, os encontrou descuidados e dormindo: e ao ver o Salvador o pouco consolo que encontrava em seus discípulos, deixou-os e afastou-se pela segunda vez para oração: banhado em suor o soberano Rosto, quase paralisados os pulsos, enfiou a língua no palato, recorreu à única fonte de consolo, o Pai Eterno; se prostrou em terra, exalou do íntimo da alma um melancólico suspiro e pronunciou estas palavras: “Pai Eterno, se é possível, passa de mim este cálice: mas que não seja feito o que Eu quero, mas o que Vós mandais”. Olha alma, como o meu amor Jesus encontra o rigor essencial no seu Pai, chegando Sua aflição a tal grau, que não encontrando São Lucas como chamá-la, a intitulou Agonia, que é própria dos que morrem. 

Oração: Amantíssimo Cordeiro Jesus, meu Deus, meu Pai, meu aflito benfeitor: prostrada em terra dou infinitas graças a Vossa misericórdia, pois o Cálice da maior amargura que eu merecia beber por minhas ofensas e culpas, Vós suportastes com tanto amor, amorosíssimo Pai, que a representação de meus crimes o colocou em agonia de morte, sem haver para consolo quem em tanta desolação te fizesse companhia. Bendito, louvado e glorificado seja vosso amor, vida de minha alma e todo o meu bem; aqui me tens, Senhor, para acompanhar-te com o coração e a vida; partilha comigo as amarguras do cálice, para que se faça em mim Vossa Vontade Santíssima. E já que o amor dos mortais te levou ao abandono do jardim, olha com piedade para todos os homens, favorece, apadrinha cada um e todos em seu

estado, aos sacerdotes, aos religiosos, às religiosas; coloca em liberdade os cativos que são dominados pelos infiéis, e consola todos os aflitos. E visto que tu és, meu bom Jesus, fogo ardente da caridade, queime o meu coração e o de todos os católicos, para que, lembrando-nos das tuas tristes agonias, clamemos a tua Paixão e permaneçamos na graça até que te vejamos na glória. Amém. 

Jaculatória: Faça, Jesus, minha doçura, 

que essa alma que te adora 

Suavize o que você chora 

Seu cálice de amargura. 

Terceiro dia: 

Meditação: Contempla com a maior devoção e ternura que puder, como este trabalho e oração de Cristo durou três longas horas, e na última, disse a seus Apóstolos: “Durmam agora e descansem, pois perto está aquele que me vendeu”, e aumentando cada vez mais a angústia e agonia do Soberano Senhor, Ele se encheu de tal angústia mortal que atingiu o maior e mais incomum extremo da natureza, suando torrentes de sangue tão copiosas que passando as roupas regavam a terra. Nesta agonia mortal, Cristo, meu Redentor, queria que um anjo descesse para consolá-lo e confortá-lo com memórias celestiais, não porque faltava virtude em Sua Divindade para esforçar-se, mas para que os aflitos tenham confiança de que, invocando a Majestade de Deus, eles encontrarão misericórdia e alívio em seus trabalhos. 

Oração: Oh bom Jesus! Oh verdadeiro Pai da minha alma! Oh Pastor amante! Como é grande a dureza de meu obstinado coração, que sabendo que o Senhor cai da nuvem mais pura de Sua Sagrada Humanidade, chovia Sangue abundante sobre a terra, minha alma não se banha em sangue pelo sentimento e pela dor? Mas, é tão grande minha dureza que à vista de tão sangrento espetáculo não fico aflito nem choro. Vós, Pai das divinas piedades, que das pedras sabeis fazer filhos de Abraão, transforme a pedra do meu coração em uma fonte de desperdício de lágrimas, para que eu possa pagar com água pelo que o Senhor derramou com Sangue, pois aquele cálice santíssimo de Suas veias foi derramado para lavar e limpar todas as almas. Que aquele

suor de Sangue abra os olhos de quem, esquecido das vossas devoções, está em pecado mortal: Que a graça daquele Sangue divino seja comunicada à prisão do Purgatório, para que, livres de suas penas rigorosas, as pobres almas possam alcançar o almejado descanso. Especialmente, Senhor, suplico e peço à Vossa divina clemência que olheis com olhos de piedade a este humilde escravo Vosso: conforta minha fraqueza, ajuda-me em minha miséria, grava em meu coração a memória de Vossos sofrimentos, para que sendo meu peito um conjunto de amarga mirra, consiga o que tanto amo e desejo, que é ser verdadeiro devoto de Vossa Paixão, para conseguir por Vossas dores a graça e por Vosso Sangue a glória. Amém. 

Jaculatória: O céu e a terra choram 

De Jesus a amarga tristeza 

E minha alma cheia de angústia, 

Em Jesus apenas habite. 

Oração à Santíssima Virgem das Dores: Oh Santíssima e dolorosa Mãe do Meu Senhor Jesus Cristo e obedientíssima Serva Sua! Nessas três horas a Senhora estava resignada na Divina Vontade, oferecendo ao Eterno Pai todas as dores e trabalhos que Seu Divino Filho iria passar, conhecendo que era chegada a hora de Sua Paixão. Imprimi, minha dolorosa Mãe, esta Paixão, estas dores e estas verdades em meu coração e em minha alma, para que eu siga sempre o caminho da Cruz, dos cardos e espinhos, e para que nunca se afaste de mim o amor do Vosso Unigênito e meu adorado Jesus. Desterra de mim, Oh Senhora, qualquer outra vontade e miserável desejo, pois só quero o amor de meu Divino Redentor, também o amor proveniente das muitas dores que a Senhora passou, assim como Tua amizade e companhia, para que mediante a Tua intercessão e favor, consiga abominar a culpa, conservar a graça e chegar à glória. Amém.

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