Santa Filomena viveu nos primeiros séculos, é uma das grandes mártires dos primeiros tempos do cristianismo! Mas mesmo vivendo na Idade Antiga, podemos saber de sua história.
Santa Filomena é uma santa extraordinária em tudo! Inclusive na forma como podemos saber como foi sua santa vida.
A própria Santa Filomena revelou sua vida à três pessoas diferentes, que viviam em lugares diferentes e que não se conheciam.
As revelações que Santa Filomena fez para cada uma destas pessoas, quando mais tarde foram descobertas e comparadas, eram relatos idênticos!
E mais, todas estas histórias reveladas, coincidem com os sinais encontrados em sua sepultura nas catacumbas de Santa Priscila.
Ou seja, os símbolos que lá estão presentes: âncora, setas, lança, palma e lírio aparecem perfeitamente nas revelações de Santa Filomena para estas três pessoas.
Também coincide com a pintura de Santa Filomena que foi solicitada pelo seu grande devoto São João Maria Vianney, o Cura de Ars.
Esta pintura abaixo está conforme a aparência exata de Santa Filomena em suas aparições ao padre Vianney.
Entre estes relatos da vida de Santa Filomena, a mais famosa é da Madre Maria Luísa, Superiora Geral da Congregação das Dores de Maria, que recebeu autorização oficial do Santo Ofício no dia 21 de dezembro de 1833.
Santa Filomena nasceu durante a época do Império Romano
Era filha do Rei de um pequeno Estado da Grécia e sua mãe também tinha sangue real, porém este casal real não conseguia ter filhos, durante anos sofreram com as tentativas frustradas por um filho.
Um homem da corte chamado Públio, que vivia com o casal, falou-lhes da fé cristã e afirmou que se abraçassem a religião católica conseguiriam a tão esperada graça de um filho.
O casal se converteu, recebeu o batismo e no dia 10 de janeiro nasce Lumena, que significa Luz, por que nasceu sob a luz da fé.
Durante o batismo, Lumena recebeu o nome de Filomena, pois seria amiga da Luz, que tanto ajudara seus pais.
Os seus pais tinham um carinho muito grande pela sua filha e estavam sempre juntos, inclusive os três partiram juntos em uma viagem para Roma, quando Santa Filomena tinha 13 anos.
Esta viagem aconteceu por causa declaração de guerra que injustamente foi feita pelo soberbo e poderoso Imperador Romano Diocleciano.
(Diocleciano foi imperador do ano 284 a 305 foi um dos maiores perseguidores do cristianismo, matou mais de 3000 cristãos, destruiu várias Igrejas e queimava tudo que fosse ligado à religião)
A família partiu para Roma com o objetivo de tentar acalmar a situação com o Imperador e garantir a paz ao seu reino
Durante o encontro com o imperador, o pai tentava apresentar todos os argumentos e soluções possíveis para resolver o conflito com o imperador.
O imperador por sua vez disse que tinha encontrado uma solução: que havia se encantado por Santa Filomena e queria se casar com ela!
Caso se casasse com ela, não só não o atacaria, mas também colocaria uma parte do seu exército ao dispor do Estado da Grécia.
Os pais concordaram com a ideia, pois a filha se tornaria a Imperatriz de Roma; porém Santa Filomena recusou prontamente a proposta, pois aos 12 anos havia feito voto de castidade, com o objetivo de viver completamente para Cristo, além disso não aceitava o Imperador, que idolatrava falsos deuses e se considerava um.
Quando o imperador descobriu a resposta chamou a pequena Santa Filomena para uma conversa, com o objetivo de convencê-la.
Primeiro o imperador Diocleciano apresentou todos os benefícios que conseguiria se aceitasse o casamento, porém Santa Filomena rejeitou todas por amor a Jesus, depois o imperador começou uma série de ameaças, que também não abalaram sua santa decisão.
Como punição, Santa Filomena foi para um cárcere, nos subterrâneos do palácio imperial. Lá amarraram os seus pés e as mãos com diversas cadeias
Durante 40 dias ficou aprisionada, só comia pão e água e recebia longas torturas, neste período pedia constantemente forças à Nossa Senhora, que a socorria dando-lhe toda a força necessária.
Neste longo martírio, teve uma visão de Nossa Senhora, que lhe disse:
— "Coragem, querida filha! Querida acima de todas porque tens o meu nome e o nome de Meu Filho.
Tu chamas-te Lumena ou Luz. Meu Filho, teu Esposo, chama-se Luz, Estrela, Sol.
E eu também, não me chamo igualmente, Aurora, Estrela, Lua, Sol?
Eu serei o teu amparo.
Agora é o período transitório da fraqueza e da humilhação humana; porém, quando chegar a hora do julgamento, então receberás a graça da divina força.
Além do teu Anjo da Guarda, terás a teu lado o Arcanjo Gabriel, cujo nome significa "A força do Senhor".
Quando eu estava na Terra, era ele o meu protetor: eu agora o mandarei àquela que é a minha mais querida filha".
O Imperador Diocleciano viu que estas torturas não eram suficientes, resolveu partir para atos ainda mais terríveis.
Santa Filomena foi presa em uma coluna e lá foi cruelmente açoitada, ficando coberta de chagas e sangue, foi levada a prisão aonde deveria morrer, porém durante a noite apareceram-lhe dois anjos que derramaram um bálsamo celeste, que a fez ficar toda curada.
No dia seguinte, o Imperador ficou assombrado ao ver a pequena Santa Filomena de 13 anos ainda mais forte, bela e recuperada, então deu ordens aos soldados para uma nova tortura.
O pescoço de Santa Filomena foi preso a uma âncora de ferro e seria lançado ao rio Tibre
Mas Jesus, para mostrar o seu poder e confundir os que acreditavam em falsos deuses, mais uma vez mandou seu auxílio : os seus dois anjos cortaram a corda que amarrava o seu pescoço ; e a âncora caiu no fundo do rio, onde ficou encravada no lodo.
Levaram Santa Filomena para a margem, sem que uma gota de água tivesse tocado em suas roupas.
Este milagre converteu um grande número dos que o presenciaram
O imperador Diocleciano ficou mais furioso ainda e ordenou que Filomena fosse morta a flechadas, que as flechas fossem aquecidas numa fornalha até ficarem rubras.
De fato este procedimento ocorreu, porém quando estas setas eram disparadas, retornavam aos arqueiros, seis dos que dispararam as flechas foram mortos por suas próprias flechas.
Este último milagre provocou outras inúmeras conversões.
Receando mais sérias consequências, o tirano ordenou então que Filomena fosse decapitada.
Enfim no dia 10 de agosto de 304, às 15 horas de uma sexta feira, Santa Filomena deixou a vida e entrou para o Céu, como mártir e virgem.
O seu corpo foi levado e enterrado, permanecendo guardado durante séculos.
Foi 24 de maio de 1802 que os escavadores descobriram nas catacumbas de Santa Priscila uma sepultura que nunca tinha sido violada, que se conservava exatamente como estava durante séculos.
A aberturado sarcófago ocorreu no dia seguinte, 25 de maio.
O erudito superintendente das escavações verificou que o tapavam três placas de terracota, onde se viam, pintados a vermelho, os símbolos do martírio; e, além destes, a seguinte inscrição: LUMENA – PAX TE –CUM FI (A paz seja contigo Filomena)
O primeiro dos símbolos era uma âncora, símbolo da esperança e emblema de martírio, porque âncoras eram presas ao pescoço de alguns dos cristãos confessos, quando os lançavam ao mar.
O segundo símbolo eram duas setas, uma apontada para cima e outra para baixo. Espécie de morte sofrida pela mártir, porque alguns cristãos eram executados com setas
O terceiro era uma lança, que deveria ter semelhante significação.
O quarto era a palma, emblema do triunfo da mártir
O quinto e último era um lírio, símbolo de pureza.
Ao abrir-se o túmulo encontraram as relíquias, com um vaso de vidro contendo uma porção do seu sangue inteiramente ressequido.
O sangue seco foi sujeito a análises químicas, provando-se que era sangue genuíno.
Ainda para confirmar sua veracidade, muitos prodigiosos fatos ocorreram com a relíquia, o que fornecem uma prova sobrenatural da legitimidade da relíquia.
A ossada, os despojos e o sangue de Santa Filomena foram cuidadosamente colocados em um caixão de madeira.
O seu conteúdo foi minuciosamente examinado por entidades competentes, entre as quais havia médicos, cirurgiões e teólogos
Reconheceu-se que o crânio tinha sido fraturado.
Os ossos aparentavam ser de uma menina, e os doutores presumiram que ela deveria ter doze a treze anos de idade
Depois de 3 anos da descoberta das relíquias, em 1805, o bispo de Potenza chegou a Roma acompanhado por padre Francisco di Lucia, um humilde padre de Mugnano.
Depois do último exame, o caixão com as relíquias foi levado para a Capela do Tesouro, ondo os corpos dos santos e mártires eram depositados até vir a ordem do Papa para terem colocação em alguma Igreja.
Este padre desejava muito a relíquia de alguma virgem e mártir para a sua Igreja. Com este objetivo obteve permissão de visitar o Tesouro das Relíquias.
Ao aproximar-se do local onde estavam depositadas as relíquias de Santa Filomena, teve uma indescritível comoção, sentiu subitamente o mais ardente desejo de obter aquela relíquia
.
Surgiram as dificuldades, primeiro pois era contra a praxe confiar tão grande tesouro a um simples sacerdote e o seu pedido foi negado.
Um amigo sabendo da desolação do padre de Mugnano, conseguiu pela sua influencia pessoal, que lhe concedessem o corpo de outra santa. Porém o padre mostrou muita relutância, pois havia ficado encantado pelas relíquias, que eram de Santa Filomena.
Durante as negociações, o Padre Francisco ardia em febre, perdeu por completo o apetite e caiu gravemente doente.
O bispo de Poenza chegou a ter sérios receios pela sua vida
O padre Francisco de Mugnano começou a meditar e teve uma súbita inspiração, fez a promessa de tomar Santa Filomena como sua especial padroeira e leva-la para Mugnano se ainda conseguisse a posse de suas relíquias.
Instantaneamente sentiu-se curado.
Tanto ele, quanto o bispo ficaram convencidos deque essa rápida cura foi um milagre da Santa.
O bispo e o padre Francisco ficaram profundamente gratos pela extraordinária cura e prometeram conduzir as sagradas relíquias na sua própria carruagem e dar-lhes o lugar de honra
Ao chegar, porém, o dia da partida, com todos os afazeres e correria, esqueceram da promessa.
Tiveram todo o cuidado com as relíquias de modo a ficar bem protegida, colocaram o caixãozinho debaixo do banco ocupado pelo bispo e amarraram com muita firmeza.
O bispo tomou o seu lugar na carruagem e sentiu que alguma coisa lhe batia violentamente nas pernas.
Achou que era preciso amarrar melhor o esquife, mas quando foram tentar amarrar melhor as relíquias, viram que não era possível amarrar mais firme, que nada poderia provocar o seu deslocamento.
Tentaram continuar o caminho com as relíquias, mas as pancadas no bispo se repetiram com tal violência que mais uma vez foram obrigados a abandonar o lugar e descer do veículo.
Quando foram verificar, o caixão das relíquias estava bem amarrado.
Pela terceira vez, o bispo retomou o seu lugar, mas em vão.
De novo, sentiu que lhe vibravam pancadas tão fortes como dolorosas.
Então o bispo disse: “ Ainda mesmo que eu tenha de o levar nos braços todo o caminho”
Então o caixãozinho da relíquia foi colocado no lugar de honra, no assento principal da carruagem e a jornada pode começar.
Só então os viajantes se recordaram da promessa, a que haviam faltado, e reconheceram no extraordinário fenômeno dessas pancadas o desejo da Santa de que os seus direitos fossem respeitados.
Cheios de reverência e temor, tiraram os chapéus e de lágrimas nos olhos, beijaram as sagradas relíquias.
O resto da viagem para Nápoles decorreu com felicidade. Os viajantes hospedaram –se na casa de um bom amigo.
Onde as relíquias foram depositadas dentro de uma estátua da Santa, propositadamente feita para este fim.
A dona da casa sofria de uma doença crônica incurável e revestiu a estátua com luxuosas roupagens.
Enquanto procedia esta operação, notaram que a imagem mudava de expressão repetidas vezes, e as relíquias exalavam delicioso perfume.
Antes de irem embora, Santa Filomena restituiu à senhora a sua saúde perfeita.
Depois de curta permanência em Nápoles, os viajantes continuaram a jornada a caminho de Mugnano, onde a notícia da chegada causou a mais viva comoção na população, que em multidão foi esperar para saudar a celestial padroeira.
Vários prodígios ocorreram durante esta curta viagem, que foi a pé e de noite.
1)Vendo-se no meio de uma escuridão, que mal lhes permitia prosseguir no seu caminho e imploraram o auxílio de Santa Filomena
Imediatamente se produziu nas nuvens um leve rasgão, permitindo à luz da Lua cair sobre a estrada e iluminar a pequena procissão, que assim pôde continuar a caminhar com máxima segurança.
2)Mais adiante, quando passava por Cimitile, as relíquias tornaram-se extraordinariamente pesadas, tendo os seus portadores a maior dificuldades em conduzir o caixão. Cimitile, tinha sido teatro de inúmeros martírios, e a Santa desejou demorar-se um pouco junto do glorioso campo de batalhas ensopado pelo sangue dos mártires de seus irmãos na fé
3)Toda aquela região estava sofrendo uma grande seca e a multidão dizia: “Se ela realmente nos quiser mostrar o seu poder, mande-nos vir a chuva que tanta falta nos faz”
E logo, torrentes de chuva caíram sobre a terra.
O grupo dos viajantes que transportavam as relíquias chegou a Mugnano quando a manha começava a clarear.
4)Nesta altura desencadeou-se um violentíssimo tufão, que varreu a encosta. A tempestade era assustadora e o povo suplicava: “Deus e Santa Filomena nos valham!”
Um dos padres dizia a multidão para não ter receio, que o temporal era desencadeado pelos demônios, ao reconhecerem em Santa Filomena a mesma intrépida virgem que os vencera dezessete séculos antes e voltava agora para suplantá-lo e arrancar-lhes as suas vítimas.
O vendaval se aproximava rapidamente do local onde as relíquias permaneciam. Diante destas, deteve-se de repente, como se o contivesse uma força invisível e em vez de prosseguir, deteve-se e subiu para o espaço e desapareceu.
Muitas vezes ainda vieram ventos, mas todos estavam assombrados com a sua impotência pois não conseguiam apagar uma única das velas que ardiam junto das relíquias.
Em breve se tornou evidente uma grande mudança em Mugano: milagres de todos os gêneros a fé da população aumentava; e o Santuário depressa foi conhecido em toda a parte.
--Na noite anterior a chegada das relíquias a Mugano, um pobre homem, que estava doente, em cama fazia meses, absolutamente impossibilitado de trabalhar, soube da chegada das relíquias e suplicou a Santa Filomena ao menos poder ir ver e beijar as preciosas relíquias
Quando os sinos anunciaram a chegada das relíquias, o enfermo, pulou da cama, mesmo com todo o sofrimento e saiu ao encontro da procissão. Quando regressou a casa, estava completamente curado.
Durante 9 dias a multidão ia ininterruptamente à Igreja para venerar as relíquias, sendo o nono dia assinalado por notáveis milagres.
--Uma pobre viúva pediu à Santa, durante a Missa, a cura de um filho aleijado. Durante a elevação da Sagrada Hóstia, o filho levantou-se rapidamente e correu para a urna de Santa Filomena para agradecer sua cura.
Terminado o Santo Sacrifício da Missa, a criança percorreu a cidade, ante a admiração do povo, que tocou os sinos e tambores. A notícia deste milagre levou multidão ainda maior às devoções desta tarde.
--Uma mãe molhou um dedo no azeite da lâmpada que iluminava Santa Filomena e com ele ungiu os olhos de um filho pequenino que era cego por causa da varíola, dito como incurável pelos médicos. No momento que a mãe lhe ungia as pálpebras, a criancinha instantaneamente recuperou a vista.
--Alguns dias depois, uma senhora levou uma sua filha paralítica ao santuário e cortando os cabelos da criança, pendurou-os diante da urna de Santa Filomena, fazendo ao mesmo tempo uma generosa oferta ao Santuário.
Ao regressar a sua residência, a criança abandonou o carro e percorreu a casa. Tinha readquirido o perfeito uso dos membros.
--Um homem cego chegou a fazer a dádiva de um valioso anel na convicção de que seria curado. Ao regressar a casa, recuperou inteiramente o uso da vista.
--Uma jovem cega de vinte anos de idade, para quem os médicos disseram que era impotente todos os recursos humanos, foi a Mugnano.
Ao entrar na Igreja declarou que não a abandonaria enquanto não estivesse curada.
A sua fé sofreu duras provas, todas suas preces pareciam sem resultado. Ela porem não desanimava, antes aumentava a persistência! Recusou-se a sair da Igreja para ir jantar, ao anoitecer, quando o Santuário tinha de ser fechado, viu-se obrigado a procurar alojamento.
Ao deixar a Igreja, recebeu a graça de um ligeiro vislumbre de vista.
No dia seguinte voltou e permaneceu o dia inteiro em oração. Novamente a noite, quando se retirou, via muito melhor.
No terceiro dia, ao principio da tarde, já via com maior clareza e ao anoitecer tinha recuperado completamente a visão.
Desde então as curas de corpo e de espírito começaram a suceder-se continuamente não só no Santuário, mas também em longas distâncias.
--Uma jovem mãe estava sofrendo violentes dores para dar á luz. Estava completamente só. De súbito, apareceu junto dela uma formosa menina e ofereceu-se para lhe prestar algum auxílio. A sua presença foi o bastante para aliviar todo aquele sofrimento. Quando ela se despediu, a pobre mulher perguntou: Qual o seu nome? E a jovem respondeu: “Sou Filomena; chamam-me Filomena de Mugnano”
Falando a uma amiga da inesperada visita, soube que uma Santa daquele nome viera de Roma para Mugnano.
Foi peregrinar ao Santuário e apenas viu a imagem da Santa exclamou “É ela! É ela! Foi ela, sim, a minha celestial visitante!”
--Um advogado de Nápoles, Dr Alessandro Serio sofria de uma perigosa doença interior. Ele e a esposa foram a Mugano implorar a cura. Fizeram a novena.
No oitavo dia, Dr Alessandro adoeceu de tal maneira, que teve de ser transportado para o seu alojamento, onde imediatamente caiu em uma absoluta inconsciência, que o tornava incapaz de confessar.
Sua mulher muito aflita pegou um quadro com a imagem de Santa Filomena e implorou o seu auxílio, também prometeu um altar de mármore à Santa Filomena.
Apenas acabada a prece, o Doutor Alessandro recuperou todos os sentidos e começou a sua confissão, durante qual lhe foi completamente restituída a saúde. Para que se cumprisse a promessa, foi construído o altar.
-Um dos pedreiros quando dava os últimos retoques no tampo da ara, deu uma pancada que partiu a lage de mármore em dois pedaços, abrindo-lhe uma fenda enorme, da largura de um dedo
O infeliz operário tentou remediar o desastre, tapando a racha com cimento; mas Santa Filomena acudiu em seu socorro e a pedra ficou perfeitamente unida.
--Luiz de Mariconéoit era um francês casado com uma jovem inglesa. Depois de 6 meses do casamento, a pobre noiva caiu gravemente doente.
Ela ainda desejava ser mãe; mas os médicos declararam que o seu estado de saúde tornava isto absolutamente impossível. O estado da jovem piorava rapidamente.
Ouvindo falar nas maravilhosas curas ocorridas em Mugagano, ela fechou-se no se quarto e prostrando de joelho dirigiu esta fervorosa suplica a Santa Filomena: “Já que o meu estado se considera desesperado sob o ponto de vista humano, e uma vez que não posso ter nenhuma esperança terrena, coloco toda a minha confiança em vós, e tenho fé em que haveis de curar-me, porque sois poderosa para todos aqueles que vos pedem socorro. Apesar dos meus ferimentos irei amanha visitar-vos em Mugagano, e não só vos pedirei que me restituais a saúde, como também que me façais a graça de eu ainda vir a ser mãe: darei à minha filha o nome de Filomena. Além disto, prometo que todos os sentimentos do seu juvenil coração, os guiarei para Deus.”
No dia seguinte visitou a sagrada relíquia e fez a sua prece com maior confiança. Um ano depois, voltava a Mugnano, com perfeita saúde, e mãe feliz de uma formosa criança.
--Padre Vicente Redago estava em um grave estado de fraqueza e abatimento, tendo frequentes hemorragias. O seu estado era tão melindroso, que ele próprio se preparava para a morte.
O Bispo de Lucera trouxe uma imagem de Santa Filomena e pediu para o padre se encomendar a Santa Filomena, que assim alcançaria a saúde.
O padre tomou o quadrinho e colocou-o amorosamente no peito. Instantaneamente sentiu-se curado.
--Um jovem escultor perdeu o uso da fala e do ouvido quando contava uns vinte anos. Fez uma novena e viu Santa Filomena rodeada de espíritos celestes a sorrir para ele. Delirante de alegria, gritou: estou curado!
--Uma boa senhora, que teve quatro filhos que nasceram mortos, quando estava próxima do parto do quinto filho, pediu para a irmã, que era freira, rezar por ela.
A religiosa aconselhou uma novena a Santa Filomena, que ela também faria.
Pouco tempo depois nasceu uma criança perfeita, cheia de vida e saúde. E a mãe cumpriu a promessa, dando o nome da filha de Filomena.
--A Baronesa de Lepore estava com a saúde precária e depois veio uma doença fatal.
Não havia mais nada que a medicina podia fazer, a morte se aproximava.
A Baronesa estava agonizante, uma amiga correu ao castelo com uma imagem de Santa Filomena.
O barão tomou a imagem levou –a à moribunda e tocou-a com ela.
E logo a enferma se viu curada!
Dias depois, o barão e a baronesa foram a Mugnano agradecer a grande graça.
A devoção de Santa Filomena rapidamente se espalhou por toda a Itália, passando velozmente de cidade para cidade, como de vila para vila, penetrando até nas menores e mais afastadas aldeias.
As criancinhas recebiam seu nome , os mais pobres camponeses conservavam lâmpadas acessas diante de sua imagem, construíam-se capelas e erguiam-se estátuas em sua honra.
Onde ela fosse venerada, sempre se realizavam extraordinários prodígios e curas maravilhosas e a condição moral dos habitantes tinha uma transformação radical.
O grande Milagre de Santa Filomena na Venerável Paulina Maria Jaricot.
É chamado de o grande milagre, pois o Papa Gregório XVI declarou que este era um milagre de primeira classe, este foi o milagre que foi a causa imediata de ser instituído na Igreja o ofício e as festas de Santa Filomena, além de tornar a querida santinha conhecida por toda parte.
Paulina Maria Jaricot era filha de pais, ricos e herdara uma grande fortuna. Tinha uma formosura surpreendente era alvo de admiração geral nos centros mais inteligentes. Era também inteligente, alegre e possuía um coração terno e bondoso.
Ainda muito nova perdeu sua querida mãe e foi acometida por uma terrível enfermidade, que lhe atacou o corpo e o espírito. Esta provação foi demorada e dolorosa.
Depois de uma trégua, logo veio uma doença ainda mais grave
O relato de Paulina Maria Jaricot sobre sua doença:
“A enfermidade atacava principalmente o coração, as palpitações, à medida que aumentava o mal, tornavam-se mais violentas, podendo ser ouvidas até a distância. Qualquer pequeno movimento ou mudança de posição era o bastante para me fazer afluir o sangue ao coração com precipitada violência, pondo-me em risco iminente de sufocação.”
“Via-me obrigada a permanecer estendida e inteiramente imóvel, com receio de que a excessiva pressão do sangue nas artérias as fizesse rebentar.
Na parte do peito onde as palpitações eram mais violentas, formou-se, gradualmente, uma cavidade, onde se alojavam os alimentos que eu tentava engolir, tornando-se assim, ainda muito maior o perigo de sufocação. Os médicos, então fizeram-me duas punções na ilharga, tentando retardar o progresso da doença.”
“Tive alguns curtos intervalos de alívio. A mais apreciável destas tréguas foi no fim de uma novena feita a Santa Filomena.
O corpo desta virgem mártir havia sido recentemente descoberto e os casos maravilhosos, sucedidos por influência das suas relíquias eram extraordinários. Invadia-me intensa alegria e o ardente desejo de ir ajoelhar junto da urna da excelsa virgem. ”
“Tive a súbita inspiração de ir ao Santuário do Sagrado Coração de paray-le-Monial. O médico disse: Deixem-na lá, deixem-na ir, que não irá muito longe”
“As poucas pessoas que souberam de minha partida diziam: “ Não chega com vida à primeira paragem da jornada”
Chegou perfeitamente disposta ao fim de sua viagem e disse consigo: “ A primeira jornada não me matou, portanto vou a Roma para obter a benção do Santo Padre’
Uma viagem para Roma era muito difícil, se viajava de carruagem através dos Alpes, e se percorriam enormes extensões de território selvagem e deserto, infestado por bandoleiros.
Para uma pessoa no estado de fraqueza em que se achava Paulina, e com tão fraca escolta, era um grande perigo a viagem.
A sua fraqueza atingira o máximo grau, e ela perdeu completamente os sentidos, permanecendo inconsciente durante dois dias inteiros.
As recolhidas do convento que havia na cidade fizeram uma novena a Santa Filomena, quando concluíram as preces, a doente estava muito melhor e a viagem continuou
Ainda enfrentou uma camada de neve nos caminhos dos Alpes, em que o caminho era vagaroso e difícil..
“Eu nada receava, nem bandoleiros, nem os espíritos das trevas, porque estávamos sob a proteção de Nossa Senhora e Santa Filomena. Levávamos suspensas na carruagem, medalhas com as suas imagens e igualmente déramos uma aos condutores.”
Novamente a doente teve uma recaída, teve alguns dias de descanso, continuou sua jornada.
As crises foram frequentes e quando chegou a Roma, estava quase inconsciente.
O Santo Padre Gregório XVI teve conhecimento de sua chegada e sabendo o estado de esgotamento foi visita-la.
O Papa disse que estava grato por tudo que ela havia feito, louvou a sua grande coragem e ardente fé
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Paulina então disse ao Papa: “ Quando regressar de Mugano, vier boa e for caminhando com meus pés ao Vaticano, Vossa Santidade quererá dignar-se proceder sem demora a investigação final sobre o processo de Santa Filomena?
Sim, minha filha, com certeza. Por que este fato seria, na verdade, um milagre de primeira classe.
O Papa disse para a Superiora em italiano: Muito doente está nossa filha! Dá-me a impressão de que se levantou da sepultura para vir aqui. Nunca mais a tornamos a ver. Não torna a voltar.”
Estava em agosto, e o calor era sufocante.
O pequeno grupo partiu para Mugnano e chegaram no santuário na véspera da festa de Santa Filomena.
As pessoas de Mugnano vendo a situação que se encontrava Paulina, tudo que havia passado e os milagres que tinha conseguido para chegar até ali diziam: “ Querida Santa Filomena, tendes de curar esta pobre senhora, que veio de tão longe para implorar vossa misericórdia. Ela já fez bastante pela causa de Deus e da Virgem, para vos merecer a sua cura.’
No dia da festa de Santa Filomena, Paulina, recebeu a Sagrada Comunhão junto da urna de Santa Filomena, foi atacada por tão horríveis dores em todo o corpo, começou a pulsar o coração tão violentamente, que desmaiou.
Levaram Paulina para fora da Igreja, que recuperou os sentidos.
De repente, brota-lhe dos olhos uma cascata de lágrimas ardentes, as faces se tornam rosadas e um doce e vivificante calor lhe percorreu os membros.
Não era a morte que passara perto de Paulina, era a vida!
Santa Filomena havia curado Paulina!
O superior do Santuário sabendo o que tinha sucedido, ordenou que todos os sinos repicassem para anunciar o milagre.
A multidão manifestou frenética alegria.
Paulina ainda ficou um tempo em Mugnano, passava longas horas em conversa aos pés de sua celestial benfeitora.
Chegou o dia da despedida, Paulina tomou consigo uma grande relíquia de Santa Filomena, colocou-a dentro de uma imagem da Santa, que revestiu com roupas reais e deu-lhe o lugar de honra na carruagem, sendo por todas aclamada como ‘Princesa do Paraíso’
Chegaram a Roma. Todos aqueles que tinham ouvido falar nela, ficaram assombrados.
O Papa disse: “Mas é realmente a minha filha? É uma defunta que se ergueu da sepultura ou quis Deus manifestar em seu favor o poder da Virgem Mártir(Filomena)”
“Sou eu mesma, Santíssimo Padre, sou eu, a quem Vossa Santidade viu, há tão pouco tempo verdadeiramente às portas da morte, e para quem Santa Filomena olhou com piedade. Uma vez que ela me restituiu a vida, peço-vos, Santo Padre, que vos digneis dar-me licença para eu construir uma capela em honra da minha benfeitora”
O Papa disse: “Mas sem dúvida alguma”
O Santo Padre ainda pediu para Paulina ficasse mais um ano em Roma, para que o milagre pudesse ser confirmado com o maior rigor possível.
O que de fato aconteceu! E a fama de Santa Filomena só se confirmou e espalhou ainda mais.
Todo católico vive uma luta espiritual – contra o demônio, contra a carne e contra o mundo. E nos dias de hoje é mais difícil ainda esta luta, quem sabe a mais difícil de todas as lutas. Este site é uma ferramenta, uma arma para você, católico, nessa guerra espiritual! Pois só quem reza se salva! Por isso oferecer tantas e variadas orações para os combates diários! Oferecer devoções e bençãos para nos fortalecer e santificar em nosso dia a dia. Oferecer histórias, milagres e aparições de Nossa Senhora para nos fortalecer em nosso cotidiano! Que o site seja um convite à oração e uma força em sua batalha espiritual diária.
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